|
1. |
|
|
|
|
Sometimes I feel we have done it all wrong...
Sometimes I feel we must start again
because we're so far and I feel we've lost too much this way.
No more crying for unspoken words.
No more tears for lost time.
Because now I see it so much better
and I won't let you go no more.
I've always heard about things I should believe.
I can't think about nothing since you're not here.
I see the days go by and break ourselves apart.
I feel you out of touch so it's time to restart.
Sometimes I feel we have done it all wrong...
Sometimes I feel we can try again.
Listen, there's something I gotta say.
While you drown in your pride time is running out there.
You have your thoughts and I have mine...
Why can't we just give us sometime?
|
|
2. |
|
|
|
|
You've ruined my day, now I'm crying
I feel no resentment in you
What have you got taking the ground from me?
What has improved your life making me feel like this?
Sometimes I feel you're nothing but perverse
But that's a kind of thought that scares me...
You've ruined my day, now I'm crying
I feel no resentment in you
Why must I always find your name behind the masks?
Why must I always feel your poison in the air?
I wonder what the fuck you hide behind these eyes
I'd like to never see you again
And once again I'm here getting the broken pieces
I hear your voice speak how foolish I was
Your jokes get you so pleased (so cool laughin' at me)
We were expected to share a common ground
You make me sick 'cause I can see your real intentions
Please stay away from me
|
|
3. |
|
|
|
|
I tried once, I tried twice, I tried...
Now I'm fuckin' tired
Now I feel like an idiot for showing I care
I've spent hours with you and it was like talking to a door
Why do you come to me if you have a fuckin' closed head?
You're so stubborn, you're so dumb, so stupid...
I don't give a fuck!
It's fuckin' over
I just don't wanna hear it!
You talk about monsters that only you can see
Just forget about me 'cause I will not go
You change monsters now but I've fuckin' heard it before
|
|
4. |
|
|
|
|
O sol que aquece meu corpo
ofusca meu olhar,
mas não mais o temo.
Agora sei que meus passos no escuro, enfimm
me levaram além do mito,
que em dias que pensei estar tão certo
me fez sangrar por meus olhos
ao não ver nada além do medo e da dor.
"Pobre criança te ajoelhes e chores
por crimes que nunca imaginou ter cometido.
Peça o perdão pagão e vinde aos braços que te aguardam
pra roubar-te a inocência
e dar-te a dor da angústia e da incerteza".
Tantas vezes pensei andar em plumas
tropeçando sobre brasa e lanças
e ouvi tua voz dizer que um dia iria ter
a paz que sei, nunca guardaste pra mim.
E ouvi teus profetas
a me dizer que não há fim em tua bondade
caminhando entre a peste que corrói teus filhos
e o olhar faminto e sem vida dos que beijam teus pés.
Não posso mais tocar-te
porque deixei de crer em teus brados heróicos.
Adeus, agora que sei que nas mais altas montanhas
o vento é bem mais forte
e tua sombra não mais queima
quem ousa te olhar nos olhos
e ver que teus castelos são de areia
e que não há nada além de tinta e sangue
em tuas escrituras.
|
|
5. |
|
|
|
|
É tão difícil voltar
e ver que não restou nada mais.
As folhas caem com o vento e tentamos dizer
que nada mudou, e que nunca irá mudar,
mesmo sabendo que ainda doi tanto lembrar
que já não são mais os mesmos dias
e que já perdemos o brilho em nossos olhos.
Fica mais um pouco
só até a chuva passar...
Diz que vai voltar pra casa
quando tudo acalmar.
Sei que ninguém tem culpa
e que já não há como cicatrizar
o que o tempo feriu demais.
"Pra Sempre" sempre soou tão suave
até sentir que não valia a pena...
Agora são só lembranças de dias
em que tudo parecia tão certo
até você partir pra não voltar...
|
|
6. |
|
|
|
|
It seems we follow a smoke trail
which fades away the more we need it,
to know where to go,
'cause we're dizzy enough not to remember
what we've been doing.
How does it feel now you're by yourself
and there's no one else to take care of you.
No one brings you home when it's late enough
for children to play so far away.
The gig is over, and it's so early...
I don't wanna go home.
I know I'll sleep alone.
I know I'll miss someone to hold so much.
The basement is closed,
all the kids are gone,
but I'm sure I'll stay here
'cause nothing is worse than the silence
which makes you hear your lower mind's voice.
Have you ever felt like
all directions seem to lead us
to the same place?
How great if our lives shone forever
just like that fuckin' perfect song
we used to sing along.
Backstage kissing hold me strong
while the amps are screaming...
screaming for us.
Lets walk the whole night,
let's talk some shit.
Oh, please stay and make me feel alive.
Is it the same with all punk kids ?
Are we all so afraid of our time passing by ?
Just one more coffee...
Just one more kiss...
Just one more song...
It's all that I need to feel like the world isn't bad enough
as long as you're there for me...
|
|
7. |
|
|
|
|
Já não é mais o mesmo...
Então porque insistir em remar em vão,
quando remos sem pás
não conseguem mais nos mover?
Quando o silêncio não deixa respirar
e nem a amarga brisa toma o lugar do vazio,
é infinita a dor ao sentir que
já não sei se restou algo no ar...
e já não sei se há algo mais a perder.
Quem me dera teus olhos
pudessem ver por trás dos meus,
agora que nossos mundos estão tão distantes
e, mesmo perto de ti,
por mais que estenda meus braços
não mais posso te tocar,
não mais sou capaz de esconder
que estou cansado demais pra lutar...
E que por vezes eu quis tanto
que meu corpo suimisse no ar...
Só pra não ter que escolher...
Só pra não ter que voltar...
|
|
8. |
|
|
|
|
Apertem os cintos... (estamos perdendo a pressão na aeronave)
Deixa pra lá... esquece o que eu falei.
Não era nada demais...
Já não sei o que dizer,
então me deixa ir agora que nada mais me importa.
Quero sumir desse lugar...
Quero fugir sem olhar pra trás.
Não sei porque acreditei que ia ser diferente.
Agora tudo o que eu guardei ficou tão distante,
e já não é como em instantes atrás...
Já não faz mais sentido algum.
E nem ser grandes amigos vai conseguir
tomar o lugar da tristeza que eu sinto
e do vazio em meu olhar.
Não sei porque fui te dizer tudo que eu sentia...
agora tudo o que eu guardei ficou tão distante.
Quando eu soltei as tuas mãos
e te deixei em teu portão, tudo ficou
tão cinza e frio e o mundo em que eu vivia
já não foi como em instantes atrás...
já não fez mais sentido nenhum.
|
|
9. |
|
|
|
|
Escutei tua voz ao fundo mandando me dizer
que não estava, e me senti um idiota porque
sei que, como sempre, vou tornar a te ligar...
só pra ouvir a tua voz doce me falar
que talvez amanhã pode ser,
e que ligue outro dia pra você...
Como pude ficar tão vulnerável
e tão inseguro em tuas mãos?
Caminhando com medo de que o chão suma de mim
sem dizer por que...
Mas toda vez que você está perto de mim,
eu esqueço tudo te olhando sorrir, e tudo soa como
música até a hora em que você me beija no rosto,
e outro adeus me diz.
Tento me dizer que talvez seja melhor assim,
e que talvez teu mundo não tenha lugar pra mim.
Já perdi as contas de quantas noites passei
dirigindo sem sentido, pensando em te dizer
que morri e que não precisa se preocupar porque
nunca mais vou rastejar por estar perto de ti.
Me diz o que você quer de mim.
Me diz por que tem que ser assim...
e porque me deixou um recado
pedindo pra não sumir...
|
|
10. |
|
|
|
|
NOS OLHOS DE GUERNICA (UM CURTO VERÃO EM LA MANCHA)
O cavaleiro errante avança
com o coração em chamas.
Seu escudeiro não diz uma palavra.
Os gigantes de pedra aguardam
jogando cartas.
- Avante!
- Avante!
- Estou aqui pra lutar!
Sprays na parede dão a nova ordem.
Garrafas acesas de ódio e napalm
queimam as flores de Vandré no jardim.
Dulcinéia, oh doce princesa,
me perdoa por perder a vida
em luta com dragões no mar.
Me desculpa por bater os braços
e afundar ao ver que nunca soube nadar.
¡Ya Basta!
O verão acabou
quando Durruti ficou sem munição
e Guernica tornou-se a maldição
que nem mesmo Che soube como controlar.
E quem vai pagar
agora que teu olhar só mira ao céu
e teus lábios são tão frios minha criança...
Então escalei tanques em Pequim
e ainda sim não pude ver
se você estava ali na multidão.
Li todos versos de Brecht
e não encontrei mensagens e recados
pra fugir outra vez
ao quarto onde o grande irmão
não pode nos ouvir e
nada mais importa, só você aqui
enquanto a primavera arde
por toda Paris.
São portões fechados
que não te deixam entrar.
Teus irmãos te trancaram pra fora
e agora também jogam
cartas com o diabo.
E, você sabe,
a noite os lobos saem pra jantar...
O monitor acende o nome,
os jornais tem a sua foto
e os intelectuais romantizam
sobre dias que nunca verão.
Os comitês votaram outro protesto,
os estudantes voltaram,
o feriado acabou
e seu corpo ficou estendido ao chão.
|
|
11. |
|
|
|
|
O pulso afasta os pontos
e deixa respirar cicatrizes sempre abertas.
Mantidas abaixo do desprezo ao acaso
e desculpas semi aceitas...
de quando o sol não nasceu pra mim
e eu estive deixando a chuva escorrer
pelas feridas, pra jamais esquecer
dos dias em que fomos um,
e teus olhos diziam:
"dorme, que por ti eu zelo"...
Me diz o que fazer
agora que ardes qual escárnio
de sonhos sem crença
e não mais olhas por mim...
E eu não penso em dizer adeus
mas não consigo ficar aqui
correndo entre gigantes mortos
em castelos no céu.
Os moinhos não mais dançam teus beijos
e eu me sinto tão alheio a teus erros...
Me diz onde estava você
quando olhei pra trás e as nuvens de pragas
devoraram minha sombra?
Me diz como podes esperar
refúgio em meu lar se os cortes em meu rosto
ainda sangram com teu gosto?
|
|
12. |
|
|
|
|
Não vou saber dizer o que há...
Não vou poder jamais explicar
os dias em que pensei ter
respostas para tudo
fingindo ser forte e negar
que eu nem sei se eu quero saber
se amanhã vai ser igual (ou não)...
Porque me assusta tanto
não ter histórias pra te ouvir contar.
Quão mais tentei saber e falar
mais tropecei em minha língua.
Esperas que eu seja forte
atrás deste escudo
que nunca me deixou enxergar
que eu nem sei se eu quero saber
se amanhã vai ser igual (ou não)...
Porque me assusta tanto
não ter ninguém pra poder abraçar.
Teorias de viver
não me deixaram rumos
e agora eu estou parado.
As pessoas vão e vem
e é tudo tão confuso...
eu só queria voltar pra casa.
Mas agora nem mesmo você
está aqui pra me explicar.
Eu juro, eu tentei correr,
mas acho que foi tarde demais.
Agora quem vai se importar?
Meus dois braços não vão bastar
e ninguém vai me ajudar
a tirar as crianças do campo...
|
|
13. |
|
|
|
|
14. |
|
|
|
|
15. |
|
|
|
|
Eu faria tudo outra vez, se soubesse que ouviria o eco responder
a tudo aquilo que, por noites em claro busquei no radar,
mas, as antenas não traziam nada, então fiz da estática
o mar em que, com cinzas nos pulmões,
afoguei as mágoas por não escutar nas conchas as ondas,
e acabei me enforcando em freqüências sem sinal
Terminar seria o fim se não fosse uma variável
nos beijos de quem transmite em línguas que eu não sei,
e eu não tenho a tecla SAP para poder ler entre as linhas
quando o sal distorce a visão.
E entre bolhas tento soltar meus pés
e as algas querem dançar só mais uma valsa
(Somos um casal rodando Entre as águas-vivas).
Laocoonte não conseguiu conectar seu computador
e serpentes do mar não lhe deixaram gravar seus avisos,
pois as caixas postais estão lotadas
e ninguém dá ouvidos a Cassandra,
pois Helena, todos contemplam teu sorriso.
E eu já não ouço a banda tocar,
em teus braços me deixo levar
e meus dedos desenham círculos na areia.
E há quem diga, que nem o mais profundo mar
conseguiu limpar o brilho nos olhos
e o sorriso tão ímpar desta Mona Lisa.
|
|
16. |
|
|
|
|
Sabe, eu cansei de estar aqui esperando,
mas não sei se consigo pensar em algo melhor
que ter minha auto estima destroçada por você,
quando te vejo correr de lábio a lábio pelos
trogloditas mais idiotas que eu conheço.
Talvez tudo mesmo tenha seu preço.
Foi tão idiota te dizer, agora eu estou aqui
sendo humilhado outra vez frente a seus amigos.
O amor é um demônio desgraçado
que vive a me passar rasteiras.
Queria saber como te tirar de minha vida.
Talvez tudo mesmo seja a maneira
que eu encontrei pra acabar com meus dias.
Vai ver viciei na sarjeta queimando a língua.
|
|
17. |
|
|
|
|
Declaramos o fim desta era
em que sempre sentimos
as nossas vidas morrerem através das janelas.
Não mais respeitaremos nenhuma lei
que diga o que não podemos
ou o que temos que fazer.
Porque hoje o sol nasceu
declarando o fim destas lágrimas
e eu vou jogar aos céus meus braços
e não olhar mais para tras.
Hoje cantamos sobre as ruínas
de suas instituições ultrapassadas
e declaramos para toda nossa vida
um estado eterno de felicidade.
Hoje celebramos a nossa vitória
sobre o império da tristeza e do medo na escuridão.
Nunca mais viveremos à sombra de teus deuses e reis.
Brindamos mil paixões e dançaremos.
Porque hoje o sol nasceu
declarando o fim destas lágrimas
e eu vou jogar aos céus
meus braços e não olhar mais para trás
|
|
18. |
|
|
|
|
Hoje, deixei escapar teu nome sem perceber.
Tamanha injustiça me fez.
a única guia a me afastar
de perder o caminho sem pregos na fonte.
Glamour, me diz ser.
Romance viver assim.
Mas não sabe o quanto
me faz estalar as memórias.
Não me condena a outra tarde
neste inferno covarde
porque eu sei que o de verdade
me aguarda no paraíso, meu lar,
onde o tempo me espanca.
Dor, não me arranca da vida.
Me diz porque me castigas
se meu amor, eu só te quis bem?
Dor, como pensar em poesia
ou se as palavras conflitam se,
meu amor, já não tenho a ti?
O primeiro a morrer.
O primeiro a escrever
versos em folhas secas para o acaso levar.
De que me adianta anotar
frases que não vou usar?
Linda, já não faz diferença...
E é tão fútil dizer ser incerto
se eu sei bem o que eu mais quero.
|
|
19. |
|
|
|
|
Às vezes eu não entendo,
mas amo estar aqui
te escutando dizer se importar.
Me escapou um "Wilde não me permite",
agora quer começar tudo mais uma vez.
Mas o mundo não quer mais saber
de heróis pra lhe proteger
e lhe dizer que sim, lhe dizer que vão
lhe provar que a cada dia
estiveram lá... estiveram lá...
Sim, resisti nas fileiras corazon,
com meus fuzis e a terra em minha saliva,
mas marcharam tanto sobre meu pranto
que não mais reconheço meu próprio rosto.
Enterramos nossas bandeiras
pra esperar a nuvem negra passar
e dizer que sim, dizer que é a hora
de pagar por cada dia...
que estivemos lá... estivemos lá...
Ah Emma... já não nos deixam dançar...
não nos deixam dançar...
(E aqui reside a questão que,
nestas noites de batalha,
escrevi com o próprio sangue de meus ferimentos
neste uniforme surrado)
"Onde está meu capitão...
Oh, meu capitão, onde estás?"
O mundo não quer mais saber
de heróis pra lhe proteger
e lhe dizer que sim, lhe dizer que vão
lhe provar que a cada dia
estiveram lá... estiveram lá...
|
|
20. |
|
|
|
|
"Ah, se ser feliz
ainda me fosse objeto de paz...
Por que não querida? Por que não?
Vê, já fez sentido um dia
proclamar planos e promessas
pra não comprometer o "enquanto".
E não sei...
Não sei como preencher
o vazio sem fim destes passos.
Eu não sei...
Não sei como comecei
a atirar lírios aos anjos.
Talvez precise bem mais
que um sorriso incapaz
de me prender a atenção.
Mas foi tão bonito estarmos
sentados aqui sem dizer nada
esperando o calor tomar corpo.
E não sei...
Não sei como preencher
o vazio sem fim destes passos.
Eu não sei...
Não sei como comecei
a atirar lírios aos anjos.
Só sei que quero parar
de fingir não ver no dia
um caminho cada vez mais longo.
Só sei que quero voltar
a acreditar que a vida
seja mais que um horizonte.
Me entregaram jornais
de meses que eu só queria deixar pra trás.
Me contaram os finais
de todos os filmes que eu sonhava assistir.
Silêncio... Silêncio...
Deixa o vento carregar
tudo que me resta adiante...
Silêncio... Silêncio...
Deixa o jardim sufocar
a garganta e me tomar o sopro.
Porque eu só quero parar
de fingir não ver no dia
um caminho cada vez mais longo.
Não posso continuar
a acreditar que a vida
seja algo tão distante..."
|
|
21. |
|
|
|
|
Eu sei,
parece importante ficar em silêncio.
Mas de que importa
manter tantos dissabores
e mastigar pregos
pra conter as dores?
Vem meu bem,
deixa que o inverno vai passar.
Tudo é tão sem querer
e é tão fora de moda ficar mal.
Sabe, parece que foi ontem,
tudo era tão puro
e éramos tão jovens
que querer pouco era tão fútil,
correr tão covarde
e resistir inútil.
Diz pra mim, o que é que foi,
quem roubou meu bem querer?
Que hoje é assim,
tanta dor,
e eu sinto tanta falta de você,
de andar pelas ruas sem saber porque
e de escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.
Diz se não é tão adolescente
manter tuas cartas em papel de presente,
querer guardar assim comigo
tudo o que ficou em algum ponto perdido
e que pra mim faz valer ser feliz?
Deixa de ser assim meu anjo
que eu sinto tanta falta de você,
de andar pelas ruas sem saber porque
e de escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.
Então vem... é sempre cedo
e com você não vou ter medo.
Vem andar pelas ruas sem saber porque
e escrever nas roupas
tudo que ninguém parece escutar.
|
|
22. |
|
|
|
|
De tão forte eu segui assim...
Deixo o vento correr e dizer onde vou.
Eu perdi meus olhos, mas eu tento enxergar.
Me perco na multidão, deixo o dia acabar.
Sei que somos jovens
e que tudo vai passar.
E que somos amigos demais.
Sei que é tarde pra ligar
e que não vai se importar.
Sei que não tem nada a ver,
mas eu só quero evitar.
Tudo agora é tão quieto aqui.
Tento arrumar o quarto pra me distrair.
De cima dos prédios ouço o mundo gritar.
A cidade me engole e nada está no lugar.
Todos me perguntam.
Todos tentam me lembrar
que nós somos amigos demais.
Me convidam pra sair.
Sei que não vai se importar.
Sei que não tem nada a ver,
mas eu só quero evitar.
Ah, onde vou que não me lembre a ti,
que não me faça sentir você?
Sei que é normal,
que tanto tempo passou
e que bons amigos sempre deixam viver...
Mas eu só quero evitar.
|
|
23. |
|
|
|
|
Sob a lua cheia te fiz mil promessas de sol
pra iludir a sombra.
Me fiz santo de argila
e te enchi de contos sobre a vida
e de como seria olhar pra frente.
Não me joga na água quente,
nem me bota de ponta cabeça
pra ver se eu te arrumo alguém melhor que eu.
Alguém que não te deixe
tão García Márquez, feito personagem
de Cem Anos de Solidão.
Você quer voar, mas eu só sei contar estórias
que não mais te encantam.
Em nossa aldeia há tanta gente,
sozinha amontoada
e correndo...
Passando entre os carros só pra ver
comerciais de cigarro na TV.
Às vezes a gente fica assim,
mesmo sem motivo, e quer andar por aí.
Às vezes a gente não sabe o que quer,
mas sabe como é, e quer muito mesmo assim.
E é engraçado ver
que tudo sempre esteve aqui
mas a gente achava que estava tudo errado.
Hoje é assim,
você aí longe de mim,
aqui do meu lado.
Tão García Márquez, feito personagem
de Cem Anos de Solidão.
Você quer voar, mas eu só sei contar histórias
que não mais te encantam.
Em nossa aldeia há tanta gente,
sozinha amontoada
e correndo...
Passando entre os carros só pra ver
comerciais de cigarro na TV
|
|
24. |
|
|
|
|
Tudo outra vez,
deixamos escapar e morrer em prantos
o bem querer de nossos contos de fadas
e todo encanto.
A princesa chorou vendo o ator.
A novela na tv repetiu demais.
O principe a deixou em rugas e rancor,
e agora não tem mais tranças pra jogar.
Não te esqueças jamais
que és meu tudo
e é estranho não ter o que esperar
de meus planos e meus sonhos.
Como aprender a deixar pra trás
o que mais feriu, o tolo e o engano,
sem deixar ver que as feridas
marcaram demais o bom e o puro?
E se fomos nadar entre tubarões
deixando de escutar quem mais nos ama,
talvez foi por não ver nossos próprios erros
em outros rostos, e por não aceitar...
Não te esqueças jamais
que és meu tudo
e é estranho não ter o que esperar
de meus planos e meus sonhos.
Porque sempre dói demais?
Me diz se vai ser sempre assim
e se tudo o que mais queremos pede sofrimento.
Eu só queria poder te abraçar e voltar.
Te mostrar meus olhos, sem palavras
e te ouvir dizer "tudo bem"...
|
|
25. |
|
|
|
|
Como podes dizer saber como estou
se nem eu mesmo sei o que há de errado?
Que tenho andado tão confuso que ninguém
pode ousar querer saber me entender.
E pra onde vou, eu prefiro nem dizer.
Só sei que vou.
E é um lugar onde eu possa sumir
e viver sem ter que fingir
não ser quem sou.
Você fala "amor" mas sob este ohar
me deixa sem valor e não consigo pensar.
Você fala "respeito" mas não pode entender:
Eu seria qualquer coisa, mas não seria você.
E pra onde vou, eu prefiro nem dizer.
Só sei que vou.
E é um lugar onde eu possa sumir
e viver sem ter que fingir
não ser quem sou.
Pra onde eu vou ninguém vai me encontrar
e vou poder viver sem me preocupar.
Que cansei de procurar respostas
e me sentir um idiota.
E cansei de ficar cansado,
cansei de sempre estar errado.
E nada mais vai me atingir.
Eu vou viver sem ter que fingir
não ser quem sou.
|
|
26. |
|
|
|
|
Vem sem medo a meus braços, meu amor.
Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos
e apertar assim o peito.
Fica assim, aqui perto,
que o teu cheiro me faz seguro,
teu calor me protege e teu corpo me cura o vazio.
Pra que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
e é tolice demais curtir a dor.
Deixa pra lá tudo isso
e vem dançar a dança das estações.
Ah, tenta não ligar pra essa gente
chata e sem graça.
São tolos demais
esses mortos cegos e adultos.
Gosto de te ver rindo
e da riqueza das coisas simples
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor,
e é hora de parar, deitar na grama,
falar só besteira e rir da vida.
Ah, deixa isso pra lá
que esse mundo é todo errado.
Fica perto então
que tanta solidão já feriu demais.
Vem dançar a dança das estações.
|
|
27. |
|
|
|
|
Interlúdio Para Um Bar de Estrada Por 33 Anos Fora do Mapa
Eu não quero ver mais uma vez essa série
em que a gente sangra tanto, meu bem.
É, perdi o medo de dizer
que nada atinge meu querer
e que sempre faço o que mais me pede a vida.
E por que não falar de amor ou não repetir as palavras
se no fundo é só isso que vale a pena?
Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.
Essa tarde eu vou sentar e ouvir Stiff Little Fingers.
Lembra que a gente passava horas aqui falando de ex-namoradas?
Ah, tenho andado tão inquieto
que até beijo de seriado me arranca um suspiro.
É... Perdi o medo de dizer que nada atinge meu querer
e que sempre acabo atirado aos braços
de quem mais me convida ao pecado.
E que por mais que passem os anos
eu continuo o mesmo garoto
que você um dia amou tanto.
Ah se eu fosse tolo...
Só se eu fosse tolo não deixaria viver.
As pessoas sempre vão falar
pois suas línguas lhes vencem os dentes.
E seus medos e inseguranças
sempre acabam em dedos ao diferente.
Então que se foda amor, que se foda
se a palavra suja não rima!
Que se foda amor, que se foda,
pecado é não viver a vida!
Então esquece tudo e vem
que a vida é assim
e se a gente deixar de viver
não vai dar tempo de sorrir.
Vamos pegar essa estrada
e sentir o vento cantando esta música
que conhecemos mais que nós mesmos.
|
|
28. |
|
|
|
|
Trabalhando Em Um Bom Título (Mas, Que Não Seja Repetitivo)
Foi tolice desistir de tudo
quando ainda eu tinha tanto pra falar.
E te disse tantas coisa
que nunca pensei
só pra fugir do silêncio uma vez mais.
E agora as marcas,
quando o dia amanhece,
não se escondem mais.
E eu não entendo
como você não está aqui,
nem como pude agir assim,
e só penso em voltar.
Quem sabe desta vez
eu consiga explicar
o que nunca soube dizer...
Consiga te mostrar
que o vazio que deixou em mim
me deixa sem forças.
Quem disser que a solidão
não planeja seus golpes
desconhece-lhe os fins.
As esperanças que plantei
só me trouxeram cortes
com tantos espinhos.
Sempre soube que ia acabar no chão
e ainda assim
me atirei com vendas nos olhos
do alto de precipícios.
Mas juro,
pensei que cair duraria mais...
Agora, meus pés quebrados
não me deixam ir pra casa
e estou cada vez mais
coberto de folhas em seu quintal
e esquecido.
Ah, se eu fosse poeta
saberia como me defender...
Mas, eu sou só mais um garoto imbecil
a se repetir.
|
|
29. |
|
|
|
|
Não vou mais me levantar.
Não vou mais tentar,
pois sempre acordo sem lembranças
tentando dizer que nada mais vai me machucar.
Nada mais vai me fazer acreditar
ser capaz de mudar, então deixa amanhecer...
Deixa outra vez sem saber porquê
Deixa outra vez sem saber...
Tentaram dizer que o garoto deveria viver
sem lhe avisar que não lhe deixariam portas
pra sair de seu quarto
nem janelas.
Não vou mais insistir.
Não vou mais tirar de mim
a maquiagem borrada
e este gosto que não sabe parar.
Não vou mais tentar fingir ser forte e sorrir
quando nada mais me satisfaz...
Então deixa amanhecer...
Deixa outra vez sem saber porquê.
Deixa outra vez sem saber...
Tentaram dizer que o garoto
deveria correr sem parar.
Mas como correr se lhe arrancaram as pernas?
Como escapar?
|
|
30. |
|
|
|
|
Pode ser que eu esteja envelhecendo,
mas eu quero mais.
Quero paz,
quero viver bem mais,
gostar de mim.
Simples assim: bem mais.
Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar.
Que viver assim,
só pra correr atrás,
me cansa.
Eu não sou como você.
Tudo aqui está tão bem
mas não me diz mais nada.
Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar.
Eu que não vou ficar aqui
fingindo estar contente,
sentado nessa praça, com cara de estátua,
perdendo meus dentes.
Tantas coisas pra dizer.
Tão pouco tempo pra esperar.
Num piscar de olhos tudo se vai.
O que hoje é, amanhã nunca mais.
Os dias vão dançar.
Falo sério, não nasci para o tédio.
|
|
31. |
|
|
|
|
Eu estou cansado
de morrer todos os dias.
É.
De morrer por você.
De morrer por meus erros.
Cansado de aceitar,
de não ver nada acontecer.
Engasgado com tantas palavras
e sempre cercado de gente errada
que não me deixa seguir em frente...
Que não me deixa gritar.
O que o punk virou?
O que eu me tornei?
Estou cansado de estar perdido.
Quero voltar a ser eu.
Cansado de falar.
De ver você fingir entender.
Cansado de nivelar por baixo
pra não sentir que não me encaixo.
Mas não é só porque estou aqui
que vou desabar.
Distração X Solidão:
Tudo aqui me cansa!
Afirmação X Projeção:
Você me dá preguiça!
Eu não tenho nada
A ver com você!!!
Se não pode mudar
é melhor me esquecer.
Que o meu saco não agüenta.
Daqui a 20 eu vou ter 60.
E eu não quero olhar pra trás
e ainda te ver lá.
|
|
32. |
|
|
|
|
Mova. Esse é seu lugar. Essa é sua parte na máquina. Mova. Mova.
Mova a falta de esperança. A desilusão. O olhar em distância. Mova. Mova.
Mova toda a culpa nas veias. A indiferença. Os canais de compras. Mova. Mova.
Mais um café. Mais outro cigarro. Falta de fé na vida.
Um escarro direto no olho. Pilhas de papéis. Nenhum socorro.
O peso nos pés do vazio da alma. Dinheiro dinheiro. Nada te acalma.
Viril brasileiro tua pátria te esfola. Mata suas crianças.
Vai te jogar fora. Apagar tuas lembranças.
Mova sua nova TV. A comida sem gosto. Sua pilha de contas. Mova. Mova.
Mova o sistema falido. A fome nas ruas. O valor esquecido. Mova. Mova.
Mova o Estado que escraviza, as leis que te sugam, a polícia assassina. Mova. Mova.
Mova todo desencanto, o pai, o filho e o espírito santo. Mova. Mova.
O olhar no espelho não encontra ninguém. Não sabe quem é ou se foi alguém.
O trabalho consome, o dinheiro não basta, o relógio sufoca, a rotina te acaba.
Você diz que "Viver é aprender a pisar", que " Sempre foi assim e nunca vai mudar."
Então que se foda, não pense nos outros,
mas não espere ajuda ao gritar por socorro.
Porque é fato, um dia eles vão vir por você.
Derrubar sua porta. Te caçar a noite.
Já não serve mais. Vão vir te mover.
|
|
33. |
|
|
|
|
Corona Australis despencou do céu.
Os bares fecham e é tudo tão vazio.
Caput Kaput Caput
Caput Kaput Caput
O olhar não mais se levantou
e o serpentário não me ressuscitou...
Não me ressuscitou...
Nada demais
e eu espero não saber
de um novo dia.
Hades já vai
pedir as contas
e então vou esquecer...
Luther Blisset ninguém sabe onde está
e o telescópio mente.
Caput Kaput Caput
Caput Kaput Caput
Eu tranco as portas e não vou
atender mais ninguém.
Deixai a esperança..."Deixai a esperança
ó vós que entrais
em minha casa
pra tentar me encontrar."
Que já não sou mais
tão inocente,
mas não quero ainda crescer...
Sun Tzu X Saint Seiya
Sun Tzu X Saint Seiya
Sun Tzu X Saint Seiya
Sun Tzu X Saint Seiya
Lá, lá, lá no céu radiante
vou, vou, vou voar sem destino.
Vou brilhar em chamas no espaço
e acordar todos os vizinhos.
Corona Australis despencou do céu.
|
|
34. |
|
|
|
|
É a fila do desemprego, é minha família.
Me dizem pra aceitar qualquer porcaria.
O dia inteiro gritando na minha orelha,
me humilhar então é o preço da carreira
e das oportunidades que eu tenho que agarrar
pra não ser vagabundo e o mundo me aceitar.
As oportunidades que eu tenho que agarrar.
Sempre sabem o que é melhor pra mim.
Gritam pela USP, batem pra me corrigir.
Passa nessa merda de vestibular,
se fode menino... e depois? Depois se vira!!!
São as oportunidades que eu tenho que agarrar
pra não ser vagabundo e o mundo me aceitar.
As oportunidades que eu tenho que agarrar.
No sol o dia inteiro!!!
Vai ser office boy!!!
Pega qualquer emprego!!!
Sem grana sexta feira!!!
Dão a escola pública, dão a violência.
Me agridem nas ruas, me batem na cabeça.
Vocês querem futuro pra esse país?
Me dêem uma opção além do que ele me diz!!!!
E das oportunidades que eu tenho que agarrar
pra não ser vagabundo e o mundo me aceitar.
As oportunidades que eu tenho que agarrar.
|
|
35. |
|
|
|
|
Se essas paredes falassem...
se contassem cada vez
que me vi de joelhos na escuridão,
com medo de levantar e fitar na penumbra
meus olhos no espelho dizendo que não...
não pode ser verdade...
Mas é tanta maldade
jogar à fogueira o meu coração
por sentir não ter forças pra calar estas bocas
e afastar os dedos de minha direção.
Asas fracas não me deixam voar.
E eu não me lembro de pedir pra você ficar
e arrancar carne de meu peito com tanto ódio...
e gritar pra eu me excluir de teu mundo.
Já não sei mais a quanto tempo
não vejo o sol com meus próprios olhos.
Já não sei mais se é por medo
ou se esqueci como olhar pra fora.
Portas frias me deixam sem ar,
e ninguém me ouve bater pra vir me ajudar.
Eu não quero mais viver com medo ou vergonha
de respirar, de existir ou de beijar teus lábios...
Se estas paredes falassem...
se contassem cada vez
que sonhei viver em outro lugar,
onde Marte ama Marte
e Vênus pode passear de mãos dadas com Vênus
sem se preocupar com o vento covarde
que me deixa até tarde com medo
e sem saber se você vai voltar.
Será que sou eu o errado
por querer estar a teu lado
em jardins onde as flores não envenenam o ar?
|
|
36. |
|
|
|
|
37. |
|
|
|
|
Fecho a janela,
pois a vista me incomoda,
o vento é frio e faz lembrar que lá fora
tanta coisa ainda me faz mal.
Ligo o rádio e então tudo se vai,
quando é bom cantar assim,
só pra mim.
Três mil quilômetros a mais,
outro desvio, outro sinal
me dizendo pra não encostar.
Outro posto, um café pra não parar.
Às vezes, em minha cabeça,
tudo é tão difícil,
então eu tento não pensar
no que não preciso.
Tento olhar em frente
e não gritar meus erros,
e não chorar com a
chuva dançando pelo vidro.
Seis mil quilômetros a mais,
outro desvio, outra partida
me dizendo pra não retornar.
Logo a frente há uma saída.
Que quando o dia me sorri
me sinto leve e limpo.
E deixo a poeira cobrir
o que foi tão ruim pra mim.
Dez mil quilômetros a mais,
outro desvio, outra chance
que a vida me dá pra acordar.
Mas dessa vez eu não vou derrapar.
Dessa vez quem dirige sou eu.
Que quando o dia me sorri
me sinto leve e limpo.
E deixo a poeira cobrir
o que foi tão ruim pra mim.
Então a mesma encruzilhada sempre vem:
Largar tudo ou seguir em frente?
Então eu tento achar um lugar pra descansar,
pra lavar o rosto e pensar.
E nada é tão pesado assim...
|
|
38. |
|
|
|
|
Eu não sou daqui.
Sou imigrante em meu próprio país.
Alguém distante,
que vive feliz com pouca coisa.
Sabe, o coração sempre na boca...
Pego meu casaco e vou pras ruas.
Rosto ilegal de alma suja,
sem lugar no céu
ou no inferno.
Pronto pra lutar de peito aberto.
Que eu não sou daqui.
Eu vivo à parte.
E me sinto assim a maior parte do tempo.
Só eu contra o mundo.
Quieto, deslocado e vagabundo.
Se me falta o ar,
sinto desespero e quero andar.
Sou gota no mar,
mas sou ele inteiro
e quero mais.
Eu não sou daqui,
sou estrangeiro,
e sinto saudade o tempo inteiro
dos países e terras distantes
que só vi nos filmes de amantes.
O meu coração é expatriado
e pula como um gato selvagem.
O meu passaporte é rabiscado
de canções e versos censurados.
Que eu não sou daqui,
sou clandestino em minha vida.
|
|
39. |
|
|
|
|
Seguir então é o mais importante.
E teu coração te conhece mais
que qualquer pessoa.
A estrada não perdoa, mas também faz bem.
Que a vida é tão curta
pra deixar viver pra lá e tudo pra depois.
O mundo é tão gigante
e a estrada passa num instante pra perder assim.
Que nunca é tarde
pra dizer "- Não!" e conseguir
sentir um pouco
"de viver e não só existir". (Obrigado Oscar!)
Tanta gente que não presta te faz festa,
e é tão covarde,
tudo que mais te interessa
vais deixando pra mais tarde.
Gosto da brisa antes da chuva,
tem gosto de viver.
Gosto de estar num lugar calmo
e ver amanhecer.
Gosto de sentir que o mundo
é um lugar bom.
Gosto de ter gente por perto
que não machuque e só me faça bem.
Essa gente esquisita
que vê graça em desgraça
não tem charme e não tem brilho nos olhos,
só maldade.
Seguir então é o mais importante.
Em seu coração só o que te faz
sentir que a vida é boa,
que te faz sorrir a toa e querer calor.
Que a vida é tão curta
pra levar tanto peso e o que faz tão mal.
Esquece essa gente, pega a estrada,
segue em frente e agarra o amor.
E não maltrates teu coração.
Não te apagues distante.
Não, o desperdício faz mal
a nossa alma irmã.
Somos tão parecidos.
Juntos somos céu,
paixão e estrelas.
Pare pra respirar.
Que somos tão vivos, tão novos,
tão cheios do que é bom.
E nessa estrada efêmera
não podemos perder mais nada.
|
Dance of Days is a Brazilian band on the road since 1997, beginning from the ashes of South American old school heroes Personal Choice (1993-1996). Lead singer Nene Altro started the band as a project with friends and then, after their ’97 debut release “Six First Hits” the band made their home the road, and they’re still there.
Their first influences were Washington DC revolution summer’s Rites of Spring, Embrace, Fugazi but also with an old school taste such as Avail, Dag Nasty, Minor Threat, etc. And, as they were part of the 90’s, sure they mention bands like Endpoint, Falling Forward, Lifetime, Split Lip, Promise Ring as a strong part of their musical reference.
A good thing to mention is that Nene Altro is also a writer, with three books released till now (two of marginal poetry and one romance) and an anarchist activist since the 80’s. This has brought to Dance of Days so much poetry on their lyrics, and a poetry which stands against fascism, homophobia, racism and religion control.
Since 1997 they’ve released ten albums, five singles and splits and two DVD's, all 100% independent and most of them self-released and self-distributed. Now, with the help of Brazilian independent record label Hearts Bleed Blue, they are releasing a sequence of four eps with four songs each, which in the end will complete their new 2014 album and also their first vinil LP.
ALBUNS:
“A História Não Tem Fim” (CD) – 2001
“Coração de Tróia” (CD) – 2002
“1997/1998″ (CD) – 2003
“A Valsa de Águas Vivas” (CD) – 2004
“Lírios Aos Anjos” (CD) – 2005
“Insônia 2008″ (CD) – 2007
“A Dança das Estações” (VIRTUAL ALBUM / CD) – 2008 and 2011
“Canções Proibidas” (CD AO VIVO + DVD) – 2009
“Disco Preto” (CD) – 2010
“Arquivos Mortos Vivos” (CD bootleg) – 2011
SINGLES & SPLITS:
“6 First Hits” (CD-EP) – 1997 e 2000
“Split Bike” (CD split c/ Dominatrix) – 2001
"Corona Australis" (FLEXI VINIL 7") - 2011
"Na Estrada" (CD-EP) - 2013
"Não Maltrates Teu Coração" - 2014
DVDs:
“Metrópoles Em Chamas” – 2007
“Canções Proibidas” – 2009